HELENA
Suzana Garcia

Vermelha, carnuda, maldita.
Sorri de soslaio e me fita.
Mastiga minh´alma e meu corpo castiga.

Maldita, sorri e me fita.
Meu corpo e minh´alma vermelha
castiga, maldita.
Castiga.

Em lampejos ardentes, a língua desliza meu corpo
Penetra em minha mente.
Doente.

Helena, maldita e bendita.
Que beija, morde e mastiga.
O amor que não sei onde está.

Talvez perdido, por aí.
Numa boca de mulher.

 

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