CRATERAS LUNARES (OU APENAS FRAGMENTOS)
Edison Veiga Junior
Percebi que
sofro de insônia. Não eu, Edison Veiga Junior, mas eu que ele escreve agora.
Eu-lírico, manja? Narrador-personagem. Essas coisas aí
de literatura que eu, Edison Veiga Junior, não entendo. E eu, narrador, também
não entendo.
Mas o fato é
que sofro de insônia. Não todos os dias, er, noites.
Apenas nas noites de lua cheia. Dizem que é quando lobisomem ataca mas não acredito não. Só acho que fica tudo muito claro por
aqui e a luz da lua reverbera na minha janela. Adeus sono!
***
- Seu cretino, estou cheia de você!
- E eu, de
pretextos pra não te querer mais!!
Assim se
minguam amores e amizades, paixões e sociedades. Mas então é só esperar outra
lua nova pra crescer mais uma vez.
***
O menino vivia
no mundo da lua. Lua cheia era um prato cheio para seus sonhos. Na nova, sumia feito escuridão. Nas outras duas não entendia muito bem como
era que se desfaziam ora a porção branco brilhante reluzente,
ora a negritude do espaço.
Sim, ele era
meio de lua também.
Para voltar ao índice, utilize o botão "back" do seu browser.