POST SCRIPTUM
Francisco Pascoal Pinto de Magalhães

Documento velho, alfarrábio da canastra do meu falecido tetravô. Ilegível. Pela letra lusa mal traçada rabiscada em tinta fraca - diferente do sangue forte das veias dos seus braços ruins de pena e hábeis com armas brancas. Um testemunho antigo devorado pelas traças e cupins ao longo do século.

O testamento que dividiria a Sesmaria e esfacelaria a coice de ambições a sua descendência. Restaria um sobrenome. E a lenda atestada por um papel amarelado com o selo do Reino. 

A nota de rodapé, decifrada, revelou que tinha deixado tudo para uma mucama fogosa que tinha o dom de fazê-lo descobrir no Novo Mundo o Paraíso Perdido. E nem uma mísera pataca para a prole.

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