PARABÉNS! PARA QUEM?
Marco Britto

Volto os olhos para trás
e me vejo na distância,
sinto falta - sento e choro –
Do meu tempo de infância.

Fui feliz! Hoje sei.
Menino, afortunado de brincadeira,
Corria, pulava, incansável durante o dia,
Á noite sonhava - dormia - a noite inteira.

Mas o tempo foi passando,
trazendo a adolescência,
já não era mais criança,
me cravaram a consciência.

As brincadeiras acabaram-se,
fugiu-me a felicidade,
de um dia ser criança,
por descobrir tanta verdade.

E agora entre as palmas,
descem lágrimas na certeza,
que acabou-se o que era doce:
Sobrou-me tanta tristeza!

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