METAMORFOSE
Adriana Vieira Bastos
Será que foi assim desde o princípio? Não sei. Penso nos sorrisos que demos juntos. Não consigo procurá-los. Ou talvez nem queira, pelo medo de perder a dúvida alentadora de um sonho e acordar para a realidade nua e crua: não houve sorrisos...
Não te culpo, não me culpo, se é que há culpas. Quem sabe não tínhamos de ser e acabamos vítimas de uma armadilha do destino? Pode ser!
Basta! Liberto-me de minhas loucuras, de tuas loucuras, de nossas loucuras. Cansei deste jogo de pingue-pongue inútil de agressões mútuas; de partidas onde saímos ambos vencidos. Não quero mais viver tendo que me defender de você. Deixe-me em paz, dou-te a paz...
Em silêncio, despeço-me das expectativas que depositei em ti. Dos sonhos. Das esperanças que me levaram a lugar nenhum. Não quero mais estar sob o jugo dos teus inconstantes sentimentos...
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