MUNDO DE CORES
Rafael Diniz Marques Gontijo

Mundo azul! Mundo de cores por onde passeio com minhas calças verdes. Verde do enjôo de esgotos e resíduos. Verde de "pode passar, porém cuidado com carros imprudentes". Verde que se transforma em "pare", em ver-melho(r), melhor assim, vejo melhor. Vermelho molotov. Vermelho do céu de lavas do centro da Terra. Vermelho que se transforma em cinzas cinza. Cinza que cai do cigarro branco, de filtro marrom e brasa vermelha. Não! Não é melhor. Vermelho cancerígeno, molotov. Vermelho da seta da moto, que solta fumaça cinza, que deixa meu rosto verde de enjôo. Passa logo. De que cor seria o vício? Eu sei que o amor é vermelho. Vermelho como o céu de lavas do centro da Terra, que vira cinzas.

Amanheci. Amarelo. Do sol, da gema, do milho, do mel. Amarelo que estraga formando fungos verdes iguais ao meu enjôo do esgoto, da fumaça cinza da moto. Cinza que cai do cigarro. Esgoto de cores que se confundem na terra marrom. Terra marrom? Não, a Terra é azul, iguais aos olhos do diabo que mora no vermelho da Terra (ele está no vermelho). Já me falaram isso. E o céu é branco igual o cigarro que mata. O branco é bom? E onde está o preto? Do outro lado do Ying-Yang. Por que não tirar aquela maldita linha e formarmos quem sabe, um marrom? Terra marrom. Terra azul.

Dia amarelo. Amar o elo. Elo? Arco-íris. Quem é Íris? Não importa, a amo do mesmo jeito. Seu laranja, sua laranja, seu laranjal de limões rosa. Rosa do berço da minha filha. Azul do berço do seu filho. Que vai se chamar Moreno. Para se casar com minha filha Clara. Claro!

Mundo azul. Mundo amarelo. Unam o mundo. Mundo verde. Isso é um sinal, um sinal verde de que nada é eterno. "Clara, preciso conversar seriamente com você. A situação está preta." 

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