ERA DE SAGITARIUS
Eduardo Prearo
Clique em tela de prot..., quero
cataventos na cor violeta. Hummm... creio que quero um catavento interessante,
imenso grande. Ficou bom. Agora quero que ele gire. Vamos, sopre-o! Ficou lindo,
gira lentamente, parece-se com um chacra, um chacra como o da garganta, por
exemplo. Agora estou me lembrando...dos Moinhos de Vento, de Dom Quixote, de
tudo que gira, das pombas, Jesus!, do amor e daquilo acima do amor nos tempo de
Vulcano. Estou me lembrando do futuro, da Era de Sagitarius, que cousa cruel.
Seremos como flores...
Tive somente um catavento na vida, foi no dia em que o Brasil ganhou a Copa de
setenta. Era um catavento verde e amarelo. Ficava na rua olhando, os carros
passavam, as nuvens estavam espessas e cinzas, bem cinzas mesmo. Os televisores
apresentavam as imagens em branco e preto. Mas foi mesmo em setenta e pouco que
assisti um programa na TV, em cores, intitulado Daniel Boone. O cheiro do
televisor novo misturava-se com o vermelho de algumas imagens, era tudo imenso
fascinante.
E depois assisti ao primeiro filme na telinha, que mostrava imagens do
descobrimento, Pero Vaz Caminha berrando aquilo que todos livros disseram que
berrou. Bom, vou desligar o computador, estou cheio desse catavento violeta, vou
desligar o televisor, o radinho. Preciso ficar toda hora soprando para ele girar
e girar. Talvez eu o tire da tela e o coloque num vaso, fica
decorativo...hummm...ignaro.
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