DEUSAS DA VIDA
Bruno Lacerda

Uma bela família, 
Com um pai exemplar, 
Uma mãe boa, 
E um lindo bebê. 


Três horas da madrugada:
A casa em silêncio, 
Quando, “de repente e não mais que de repente”, 
Um choro quebra o silêncio; 
Então, está feita a situação: 
O pai ali: 
Alheio ao que acontece com o filho, 
Bem no conforto do leito, 
Longe do vento e do frio; 
E a mãe ali: 
Alheia ao conforto do leito, 
Olhando o que acontece com o filho, 
Bem perto do vento e do frio. 


Alguns anos se passam, 
E o bebê agora é criança, 
Mas, na história, não ocorrem mudanças, 
Apesar da situação ser um pouco diferente. 


O filho passa mal à noite, 
E pede uma ajuda silenciosa; 
O pai, fica ali: 
Alheio ao que acontece com o filho, 
Bem no conforto do leito, 
Longe do vento e do frio; 
E a mãe ali: 
Alheia ao conforto do leito, 
Olhando de perto seu filho, 
E bem perto do vento e do frio. 


Muitos anos se passam, 
Mais uma vez a situação se modifica; 
O pai, continua ali: 
Alheio ao que acontece com o filho, 
Bem no conforto do leito, 
Longe do vento e do frio; 
E a mãe ali: 
Alheia ao conforto do leito, 
Bem perto do vento e do frio, 
Na porta, esperando seu filho. 


No segundo Domingo de maio, 
Devemos prestar homenagens, 
Às mães: Deusas da vida, deusas do amor, deusas da alma; 
Afinal, ela é a primeira a nos ajudar, 
A última a nos criticar, 
A única a nos defender; 
Feliz dia onze de maio, 
Ó mães: Deusas na Terra! 

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