TÃO LEVIANO QUANTO O VENTO
Leandro Heise Mesquita

Quanto despropósito um ar passageiro espaça num só ventar? São elas as janelas! O dito encargo de uma sinestesia voluntária! O eterno vento taciturno, jogado à sina preditada do calor... Contrapondo o ramerrão, faz-se elo ou ludíbrio? Vidraças recolhidas, que tocam mais que dedos uma profusão de vicissitudes ventosas à superfície sedenta... Vidraças rebaixadas, acalentando um rio de mundo, moldando o torrente espetáculo para um incólume inebriar... No questionar sem veleidade, quem define a aspiração da alma reclusa, a que mirabolante define o bater dos ventos? Antes da austera morada, sê figurante entre os bálsamos de eucalipto! Exorbita teu tato ao doce açobio dos ares! Janelas... São - no que a mim categorizo ativo enfim - o variante alento que me traz a meditar Consagração... pelas partículas que tocam e que não tocam os ares, janelas - ei-las - transcendentes de um mundo adornado, enfocado em ornamento, e que também se chega pelas portas...

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