AMBULANTE
JAPONÊS
Alice
Moro num condomínio bem afastado do centro da capital de Guifu - Japão.
Das dez da noite às cinco da manhã, cessa todo barulho humano, porém, às cinco da tarde da segunda feira, chega o primeiro ambulante, o vendedor de leite de Hokaido, não fosse a música irritante que toca no alto falante do carro, até que era bem vindo, pois além do leite tem queijo e yogurt o que faz a festa da garotada.
Assim que ele se afasta ouve-se outra musiquinha de encher os miolos, a vendedora de queijo de sója o bendito
"tofú" além do som, ela fala alto, explicando todas as propriedades do alimento e pedindo para as donas de casa não deixarem de comprar para os filhos e o marido.
Minutos depois vem a cantiga do vendedor de "Lámen" sopa pronta de macarrão, maravilha, é só sentar e comer, pois já vem fumegando, esse faz sucesso.
O Ultimo da noite a visitar-nos é o vendedor de querosene, também com música, ainda bem que ele aparece pois no inverno usamos muito querosene nos aquecedores e de vez
enquanto falta. Mas aquela musiquinha...
Sábado e domingo é dia especial, além de todos os citados acima, que só aparecem a noite, tem os vendedores diários, esses visam a garotada. O vendedor de
"Yaki Imó" batata doce assada, uma delícia, não fosse a ladainha no alto falante...Yaki Imóóóóóó... e vai embora, segue-se a ele a vendedora de Takóyaki,
"bolinho de POLVO", música alta e estridente, esses são os vendedores do inverno, agora imagina os do verão.
Ainda bem que a lei do silêncio aqui é obedecida, só podemos soltar a franga das dez da manhã em diante, já pensou se eles pudessem vir mais cedo? São pontuais, deu a hora, começa a cantoria, mesmo assim tem gente que reclama, porque não é brincadeira.
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