O NÁUFRAGO
Marco Brito

Quinta-feira, 5 h 30 min de uma movimentada manhã de inverno no cais. Dentre os pesqueiros que se aprontam para zarparem está o Albatroz II, uma grande e potente embarcação de pesca de alto mar. Sua tripulação, formada por oito homens, agita-se numa luta frenética contra o tempo. Sentem pressa em sair logo do porto. 

O céu, tingido de um azul claro, prenuncia dia ensolarado. O boletim meteorológico informa as condições do tempo: "... vento Este fraco, umidade relativa do ar em...".

O burburinho das conversas mistura-se às ordens dos mestres. O vai-e-vem de caixas, tralhas e empilhadeiras refletem a ansiedade dos homens em caírem no mar. Os pios das andorinhas-do-mar, o grasnar das gaivotas completam aquele quadro tão comum à vida dos que ali estão.

Após o embarque da última carga de gelo e isca para o interior da sua geladeira, o Albatroz II apita sua despedida da terra. A partir de agora serão duas semanas de céu e mar, onde os pescadores terão como companhia o sol, as estrelas, a solidão, as saudades de seus amores, e suas angústias... 

Guido, um experiente lobo do mar, ainda que jovem para o posto que ocupa, é um dos comandantes mais respeitados da redondeza. Homem afável, comedido, de poucas palavras, metódico, e de uma vontade férrea. Não há quem não queira fazer parte de sua tripulação. Carrega, ainda, fama de ter a sorte ao seu lado. O que não sabem eles é que, antes de se fazer ao mar, o mesmo tem por hábito estudar todas as informações que os boletins possam te passar. 

O Mestre aponta a proa da embarcação para a saída do porto, avança devagar acenando para os que ficam. Desvia sua atenção para o painel de comando e faz, automaticamente, o check dos instrumentos de bordo: temperatura do óleo: OK, nível de combustível: OK, luzes de bombordo, estibordo: OK... uma pequena lâmpada de sinalização, piscando intermitentemente, chama sua atenção. Imediatamente ele aciona Lino, o responsável pela manutenção de bordo.

A barcaça progride sua marcha mar adentro, já há muito que saíram da baía e deixaram a terra para trás. Guido corrige a rota, põe o leme no piloto automático e entrega a ponte de comando a Dude, seu prático, um rapaz ainda imberbe, agitado, mas de uma capacidade extraordinária. O dia passa sem novidades.

Quinta-feira, 18 h 57 min. Boca da noite. Escurece e estão todos, excetuando-se Paulo que tira seu turno na cabine de comando, na sala de refeições. Pedro, o cozinheiro da tripulação, havia preparado um gostoso creme de cebolas servido junto com pão azedo. Os homens abriram um garrafão de vinho e conversavam entre eles:

- Ouvi pelo rádio, hoje à tarde, que o Brisa Faceira embarcou vinte toneladas de atum, estavam pescando no pesqueiro do Banco da Panela...comentou Rasta, um negro de estrutura colossal. Era um dos maiores pescadores de toda a região. Conhecido tanto pela sua competência, como por sua força bruta. Um monstro de forte...

- Quem falou? Aposto que foi Bomba, aquele mentiroso -redargüiu Alemão, O Sujo, como era chamado; tudo por causa de Helena, "a bela", uma mulher do cais que, certa feita, tendo sido convidada pelo rapaz, esnobou-o trocando-o por Bomba, dizendo-lhe que não deitava com gente suja, que só fedia a peixe... a garota só não passou maus bocados por causa dos outros homens ali presentes, e de Leda que convenceu a Alemão a ir deitar-se com ela.

Guido, interferindo na conversa, pergunta a Lino sobre a sinalização de alarme no painel:

- Detectou alguma anormalidade naquele sinalizador?

- Existe um alarme intermitente de baixa pressão na linha de gás combustível, deve ser um pequeno vazamento, mas não detectamos, eu e Solua, a origem. É possível que o vazamento seja entre as geladeiras e o casco, neste caso só em terra para desmontar todo o módulo. 

- Mantenha-me informado se achar algo. Faça com que sejam mantidas abertas as escotilhas de ventilação do porão. Vou subir para a ponte de comando para render o Paulo, amanhã chegaremos ao pesqueiro, sugiro que todos deitem mais cedo. Boa noite a todos!

Sexta-feira, 8 h da manhã. Após o café. Os espinhéis e as redes estavam sendo lançados ao mar. A cada quartel (uma das redes das armações para a pesca do atum) distribuído, uma bóia de sinalização lançada. A tripulação trabalha num ritmo forte e cadenciado. Do alto de sua cabine, agarrado ao guarda-corpo, Guido ouve o rugir da respiração dos comandados, as imprecações de Alemão. Dude manobra o barco. 

A labuta perdurou por todo o dia. O resultado foi tão bom que não pararam nem para o almoço. Pedro, só largou o serviço do convés, para preparar um rápido farnel, uma farofa com carne seca picada. Os compartimentos da geladeira enchiam-se rapidamente. Os gritos de Rasta contagiavam e refletiam a exultação do grupo.

Sexta-feira, 20 h30 min. Todos os homens reunidos no comando. Não queriam deixar ninguém de fora da comemoração. O G1, primeiro compartimento dos quinze que formava a geladeira, encontrava-se abarrotado de peixe, isto correspondia a mais ou menos duas toneladas de pescado bruto embarcados em doze horas de trabalho duro. Se continuassem assim, terminariam a temporada com o Albatroz a plena carga. A alegria foi maior quando Guido informa que o sonar detectou um cardume grande estacionado sobre o parcel. Com um pouco de sorte, e eles não precisariam nem sair à procura do pescado. Solua estava mais que emocionado, a mensagem, por rádio, anuncia o nascimento do seu primogênito, os urras ecoam na noite estrelada.

Segunda-feira, 6 h da manhã. O vento sopra frio. O mar, batido, varre o tombadilho. A equipe dorme. Choveu e ventou durante toda a noite. O rádio chia por causa da estática. O cheiro de broa de milho e café novo invade a sala de comando sinalizando que Pedro já está de pé. Alemão, no final do seu turno, sabe que deve chamar Lino, seu muda. Deixa-se, no entanto, permanecer sentado enquanto muda de estação tentando pegar um sinal mais forte. Com sorte, copia a conversa de dois pesqueiros que estão trabalhando numa área próxima. Pelo diálogo fica evidente que ambos não tiveram muita sorte naquela semana e, um deles, sem provisões já se encontra de retorno para o porto de partida. Alemão sorri intimamente lembrando-se dos G1, G2 lacrados e o G3 quase que com carga total, conseguiriam fechar este no primeiro arrastar daquele dia. Esperavam apenas a borrasca diminuir. Com prazer sorve um grande gole de café trazido, entre tapinha nas costas, por Pedro. 

Segunda-feira, 17 h 45 min. O dia fora bastante proveitoso. Há tempos que não tinham uma pescaria tão favorável. Encontravam-se no salão, em frente a uma mesa que era mais que um banquete. Pedro e Paulo foram liberados para aprontarem o jantar. Tinham para aquele dia: carneiro assado com batatas, salada de maionese, ovos cozidos, farofa de manteiga... Tudo regado a vinho. 

Terça-feira, 1 h 10 min. Madrugada de lua cheia, o mar reflete uma esteira prateada na sua superfície. O barco balouça suavemente. A brisa alisa a lâmina d'água e diminutos peixes voadores planam entre as pequenas marolas tentando, em vão, escapar do ataque de algum cardume de albacoras. O jantar demorou muito mais que o habitual. Tudo andava às maravilhas, o moral dos homens lá no alto. Foram dormir sob cantorias. Agora perdurava o silêncio, este, só era quebrado com as batidas d'água no casco da embarcação. Na coberta estava Guido. Tiraria o turno até a manhãzinha. Debruçado sobre o gráfico do sonar, tentava prever a próxima localização do cardume que começava a locomover-se. Encontrava-se tão absorto no trabalho que demorou a perceber o que estava acontecendo. Primeiro houve um baque surdo, como se algo muito pesado houvesse tombado. Logo depois a embarcação sofreu um forte abalo. Guido levanta-se apressadamente, imaginando estarem sendo abalroados por outra embarcação. Apesar de estarem com o GPS ligado e toda a iluminação acesa, sempre havia o risco de serem trombados por um navio desviado de sua rota. 

O segundo estrondo, seguido imediatamente de um terceiro, abre um rombo na popa do Albatroz e lança as escotilhas do convés inferior a uma distância enorme. O barco sofre novo abalo e aderna para um dos lados. O Mestre precipita-se escadas abaixo tentando alcançar o andar onde dorme a tripulação. Atravessa o salão de refeições velozmente e, ao tentar abrir a porta de acesso aos dormitórios, é jogado para trás com extrema violência, parece haver uma mão invisível que o pega e o joga para o alto como se não fosse mais que um simples marionete. Uma língua de fogo sai por entre o que restou da porta despedaçada. Atrás dela, no meio daquele inferno, surge o vulto de um homem. Impossível de se dizer quem é. Nova explosão e uma bola de fogo brota aos seus pés rasgando o assoalho. Guido arrasta-se ao encontro daquele corpo enegrecido e, juntos, retornam ao andar superior. Chegam ao tombadilho pela saída de emergência e, enquanto correm, ouvem o último e derradeiro estertor do Albatroz. A explosão, espetacular, transforma o que antes havia sido um grande barco num amontoado de destroços...

Terça-feira, 11 h 58 min. O marulhar delicado do mar toca em sua face, a luz do sol não lhe permite abrir os olhos de imediato. A cabeça dói-lhe enormemente. De forma lenta, as imagens do último acontecimento vêem-lhe à mente: o som do mar no casco da nau, o brilho das estrelas, o baque, o estrondo, o cheiro de gás na sala de refeições, o calor insuportável às suas costas, a Caldeira do Diabo em que se transformou tudo ali... Novamente perde a consciência. Quando a recupera, o lusco-fusco marca o final do dia. Olha para o relógio: 18 h21 min. Estivera inconsciente, segundo breve cálculo, por mais de dezessete horas. O acidente deve ter ocorrido logo após as 1 h 30 min, lembra-se de ter anotado esta hora no Diário de bordo. Com vagar, senta-se tentando situar-se. Encontra-se num fragmento do convés. Com a explosão derradeira, este foi dividido em diversos pedaços menores que se mantiveram boiando. Uma obra da engenharia da qual ele jamais imaginou precisar. Arriscou levantar-se e olhar ao redor. A cena não poderia ser mais desoladora. Por um raio amplo e, até onde pudesse enxergar, via o reluzir de pedaços de chapas sobrenadando. Ergueu os olhos para o céu e, olhando para aquela infinidade de luzes pregadas no firmamento, chorou amargamente. Nunca soube por quanto tempo chorou. Soluçou convulsivamente por sua vida e pela morte dos seus companheiros.

Já tarde da noite, com a lua, mais uma vez, iluminando tudo, julgou ele ouvir um lamento. Apurou os ouvidos e chamou em voz alta. O silêncio perdurou. Tentou uma e uma vez mais. Nada. Achou estar ficando alucinado. Ia sentar-se novamente, quando desta vez, de forma nítida, ouviu a lamúria.

O som partia de uma parte maior dos destroços. A peça da cabine tendo emborcado, transformara-se numa pequena balsa e, quem quer que fosse que estivesse ali, estaria vivo.

Não esperou mais. Mergulhou n'água e nadou até o local. Ou melhor, tentou nadar. Até aquele instante, não havia ele, dado conta do seu estado físico. No momento em que caiu n'água e deu uma braçada, uma dor lancinante tomou-lhe o braço esquerdo. Isto fez com que voltasse à superfície e se aproximasse apenas com o uso das pernas, apertando com o outro braço, o membro ferido.

O quadro à sua frente era-lhe chocante demais. Tardou um pouco em reconhecer quem ali estava. O outro, olha-o como se fosse um fantasma. Guido aproxima-se do ferido com cuidado. Solua tenta sorrir-lhe. Estende-lhe a mão tremida e balbucia algo. Seu corpo, aparentemente, encontra-se num estado lastimável. A expressão dos olhos reflete desolação. Num exame mais acurado, Guido repara o enorme corte que atravessa boa parte das costas de Solua expondo parte dos ossos das costelas. As queimaduras também são extensas e o mesmo arde em febre.

Guido lhe diz:

- Vamos amigo, agüenta mais um pouco, vamos sair desta. Nosso socorro já está chegando.

Fala sem acreditar, ele próprio, em suas palavras. O outro acena e balbucia:

- Meu filho, quero ver meu filho...

- Vamos ver seu filho sim, vamos conhecê-lo e contar toda esta estória para ele.

- Onde estão os outros... e Lino?

- Vamos ver os outros... mais tarde, agora descanse.

Deixa-o recostado e, reconhecendo uma das sacolas do Kit de sobrevivência, vai a nado buscá-la. Nesta, encontra material de primeiro socorros, cantil com água, apetrechos para pesca...

Despe-se da blusa e repara o que incomoda seu braço: um pequeno pedaço de metal encontra-se encravado no músculo. Determinado, com auxílio de um pequeno alicate, lívido pela dor, faz a remoção do corpo estranho. O corte não é tão profundo e o latejar parece diminuir a dor local. Da caixa, retira uma ampola de penicilina e a aplica diretamente no corte. Prepara outra dose e faz o mesmo em Solua. Este agora delira, fala coisa com coisa e estremece-se a todo instante. Guido leva um pouco de água aos seus lábios. Bebe um gole também e encolhe-se a um canto.

Quarta-feira, 3 h. O céu, de um azul profundo, cintila pequenas luzes. Olhando para o céu, Guido avista as Constelações das Ursas, o Cruzeiro... Lembra-se de quando ainda menino, no colo do pai, este dizia:

- Grave bem a Ursa Maior, sabendo de sua posição e lembrando de onde partiu, jamais irá se perder... Uma lágrima solitária desce pelo seu rosto.

Quarta-feira, 5 h 08 min. Acorda assustado. Por instantes achou que fosse tudo um grande pesadelo. Ao seu redor, quase nada ficou. O vento e a maré espalharam todo o lixo que boiava por ali. Solua, no canto, olha-o com olhos fixos. Ele sorri para o amigo e encosta para confortá-lo. 

Solua, muito frio, anuncia sua morte silenciosamente. Morre com um estranho sorriso nos lábios. Guido veste o corpo com um colete salva-vidas: "... mais tarde, se houver resgate. Talvez o corpo boiando...". Pensa.

A maré já mudou quatro ou cinco vezes. Mais de vinte e oito horas no mar. Nenhum sinal de socorro à vista. Afora pequenos pedaços dos escombros, quase nada mais denuncia o infortúnio do Albatroz. Guido come a última barra de cereais e bebe do isotônico. Ainda há pouco, ouviu um ruído estranho no fundo do abrigo. Como se algo o arranhasse. Tateia a mão pelo lastro e arrepia-se: existe uma fissura no vidro grosso que formava o pára-brisa da sala de comando. Caso este viesse a romper-se, adeus balsa salva-vidas, adeus chance de sobrevivência.

O dia passa lentamente. A espera, interminável, leva o homem a meditar. Com uma clareza marcante, fatos passados, na época, insignificantes, ganham outra dimensão. Lembra de sua infância na beira da praia, de sua mãe - uma mulher doce e bonita - no final de tarde, olhando para o horizonte à espera do marido que retornava do mar. Sente, como uma coisa viva, a tensão e o medo dos que aguardavam aqueles momentos. 

Quarta-feira, 22 h. Um estalo e um jorro de água salgada. Um despertar abrupto, um banho inesperado. Guido vê, ao seu lado, o cadáver de Solua a rodopiar sobre si mesmo. Acima de sua cabeça, a Ursa Maior. Hora de começar a nadar. O amigo aproxima-se do corpo inerte, beija-lhe a fronte e enquanto retira-lhe a medalha de São Jorge do peito, faz uma breve oração.

A maré está no seu último terço de vazante. Terá pela frente, duas horas de corrente contra, embora sem força, e após, seis horas da maré de enchente que o levará para muito longe dali: "- Se Deus quiser", diz.

Quinta-feira, 6 h 57 min. Nadou por toda noite. Seguia a sua estrela guia e não contava o número de braçadas que dava. Quando cansava, virava-se de costas e batendo os pés lentamente olhava para o infinito. Já não sentia mais seus braços. Mas sabia que não podia parar. Tinha estabelecido uma meta e não a largaria por nada deste mundo. Caso estivesse próximo ao desmaio, inflaria o colete e entregaria sua vida ao destino. A alvorada tinha-lhe trazido um sol brando como companhia, um novo dia surgia no horizonte por trás de suas costas. Ao perceber isto sorriu intimamente: não houvera perdido o rumo, sabia que deveria tê-lo - o sol - nesta manhã, por trás de seu campo de visão. Ousou erguer a cabeça acima da linha d'água e orou aos céus pela dádiva da vida.

Quinta-feira, 9 h 10 min. As braçadas eram automáticas, todo seu corpo encontrava-se entorpecido. Parecia nadar como se tivesse começado àquela hora, uma euforia tomava conta de sua mente. Já podia ver o continente distante e ouvia o quebrar das ondas na beira da praia. Sua salvação estava garantida, podia ver a incredulidade estampada nos rostos dos amigos e conhecidos, estava salvo!

Aquilo, de repente, soou como uma bomba do seu interior. Um grito de alerta brotou com toda a força do seu íntimo:

- "Você está morrendo, morrendo! Pare! Pare!!!".

Ele, de imediato, não quis obedecer, sentia que estava próximo, muito próximo. Até que um clarão surgiu à sua frente. Depois mais um, e outro, e outro. Só teve tempo de se ver estourando o lacre da cápsula de gás do colete e mirar o céu enquanto tudo escurecia...

...Quinta-feira, 12 h 43 min. O vigia do Bargaço, um dos pesqueiros que saíram à procura da tripulação do Albatroz II, do alto da sua torre, dá o alarme:

- "Homem ao mar a estibordo, meu capitão!".

Todos que estão embaixo correm para o lado apontado. As ondas não os permitem ver, daquele nível, o achado do companheiro. O capitão, com o binóculo, da ponte de comando, avista com certa dificuldade, um objeto laranja, subir e descer no ondular das vagas. Dá a ordem ao seu imediato:

- "Reduzir marcha para aproximação, corrigir rumo para 2º graus estibordo!".

A grande embarcação aproxima-se numa volta fechada. Dois homens caem ao mar e colocam o corpo no cesto de resgate. 

A pergunta que corta os ares é respondida com os dois ainda n'água:

- "Como ele está?".

- "Vivo senhor! Vivo!".

O Bargaço recolhe sua carga e ruma para seu porto.

Solua viaja na geladeira, junto ao seu pão, que foi, de cada dia. 

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