VISÃO DE SI
Lula Moura
Visão de “si” vem lá de cima.
Visão de “ti” vem daqui mesmo.
Enquanto “ti” não me ilumina,
encontro “si” pelo avesso.
Pensei então,
que era tão pouco espaço.
Senti que sem “ti” não daria.
Que a visão de “si” não serviria.
Que o “Quarteto em Cy” não cantaria
a nota que denotaria.
O vinho que não serviria.
A chuva que não molharia,
de um céu que não se abriria...
Visão de “si” vem lá de cima,
de um outro eu que não dou conta.
E viro um “ti” neste momento,
que pouco a pouco se amedronta.
Pensei então,
que era tão pouco espaço.
Senti um com “ti”, que caberia.
E o quarteto que não era em “Cy”,
mas em “si” ele cairia.
E aí, sim, cantaria.
E o vinho já serviria,
de dança, de calmaria...
Bolas,
onde é que já “se” viu!
Onde é que está o Gil?
Esta manha, tamanha,
da manhã, de “ti”..., em mim...,
em “si”...,
em nó...,
em nós...
Às vezes, precisamos sair de nós e olhar o que fica lá embaixo. Buscar uma reflexão através dos nossos vários personagens (“ti"), fazendo uso da chamada "Visão de si", musa que seduz filósofos, psicólogos, astrólogos, e outros ósofos e ólogos por aí, e por aqui...
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