MALAS ARRUMADAS -
DISTÂNCIAS ACRESCIDAS

François Porpetta

 

A distância de você, minha alma fere,

o seu silêncio, meu ser mata.

A espera por sua palavra, me faz angustiado,

sua lembrança me toma, paralisado.

A sua fria indiferença, meu coração cala.

Ah se eu pudesse ter uma estrada,

ter um acostamento,

ter um momento!



Malas arrumadas, noite mal dormida,

avião, nuvens carregadas.

O gosto amargo de seu perfume persiste em minha boca.

A lembrança de seu olhar

que continua a me mirar,

o meu imo a perscrutar.



Aterrisso no sol,

penso no céu.

Calor bate em meu rosto,

a escada me leva à pista.

Frio da saudade bate em meu coração.

a lágrima me leva à chuva e vento,

me agarro num lamento,

me pego num tormento!

Me livra desse pensamento!



Vidas separadas,

distâncias acrescidas,

lembranças agarradas,

sensações esfarrapadas,

verdades desnudadas,

desculpas nunca aceitadas,

marcas incrustadas,

almas conjugadas,

agonias superadas.



Em meu sonho mergulho em seu corpo,

atraco em seu porto.

Moonlight drive,

wind in my mind...

Open the door!

You brought me up from the floor!

Rimo em inglês,

escrevo o impossível

para que nenhum de vocês

do amor inverossímil

descreia ou creia.

Amor que semeia,

amor que permeia,

amor de mão cheia!

Cheia de nádegas,

cheia de seios

cheia de beijos,

cabelos, 

e até invento tremeijos.

E daí que tremeijos até agora não existiam?

Eu também, até te conhecer não existia...

Tanta coisa não existia, agora insiste.

Persiste

em

mim

a

vontade

de

você!

 

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