URREI!
François Porpetta
"Não se fazem mais
reis como antigamente!"
Frase atribuída a François
Porpetta (1600-1647),
e que segundo a lenda teria sido proferida no percurso até
o cadafalso, onde deveria ter sido decapitado
Extratos de entrevista concedida pelo importante ativista franco-italiano François Porpetta, após sua fuga, recentemente descobertos e cedidos por familiares, com exclusividade, para o Blog Ser Humano http://schico.blogspot.com,revelados agora, em primeira mão para os Anjos de Prata.
AP (Amelie du Plessis):
Sr. Porpetta, como o senhor definiria um Rei?
FP (François Porpetta): Reis, são todos,
no mínimo uns larápios. Diria até que por definição, um Rei
é o maior mentiroso do reino. Seu poder advém de uma mentira
imposta ao reino e seus habitantes. Não reconheço,
contrariamente a Richelieu, nenhum direito divino. Trata-se
apenas de uma corja de canalhas e espertalhões que tomaram os
canais de comunicação, financeiros, e políticos, além de
todos os postos dos escalões principais.
AP: Para que o senhor
acha que serve um Rei?
FP: Para que eu acho que servem, ou para que
deveriam servir? No momento, com raríssimas exceções, servem
aos banqueiros (risos). Mas deveriam servir para dar serviço às
guilhotinas, com suas próprias cabeças. Infelizmente assim não
o fazem e preferem que sejam alimentadas (as guilhotinas) com a
minha cabeça!
Mas, falando sério, os Reis deveriam ser líderes de muito mais
do que uma nação, da humanidade! Mas desde a idade média, tudo
o que fazem é guerrear entre si, para com isso cobrarem mais
impostos, e tentarem através de pífias vitórias demonstrarem
sua fútil inutilidade.
Vocês verão! No futuro, embora com outra denominação, os Reis
não terão outras atividades senão as que têm hoje, por
exemplo, tomemos alguns impérios mais importantes:
- fornicação com damas de honra - dirão no futuro: sexo oral
com estagiárias.
- financiamento aos piratas para poderem piratear - dirão no
futuro que assim era interessante.
- caça aos piratas, para subir a popularidade - dirão no
futuro: ataques ao Afeganistão.
O importante, cara Amelie, é que nada mudará na essência,
apenas na aparência.
Mudam os Reis, o povo, este sempre será povo, e sua utilidade
será sempre manter o Rei e sua corja! Até quando?
AP: Mais
especificamente, a que Rei o senhor se refere?
FP: Qualquer um, todos, sei lá!
Até Rei de enredo de Escola de Samba serve.
Sou anti-monarquista convicto!
Se existe um Rei, sou contra!
Contra o Rei do Tráfico na favela.
Contra o Rei da Música Brasileira.
Contra o Rei do galinheiro.
Contra o Rei dos animais.
Contra o Rei do futebol.
Against all fucking Kings of fucking anywhere!
É bom ressaltar que estou falando de maneira geral, mas antes
que as feministas se exaltem, já afirmo que tudo que disse ou
vier a dizer sobre Reis, aplica-se integralmente às Rainhas!
AP: Que muito me perdoe,
sr. Porpetta, mas o senhor não acha que está com o Rei na
barriga?
FP: Amelie, mon amour, se você continuar me
olhando desse jeitinho, com essa vozinha tão doce, e
principalmente, não vestir uma roupa logo, quem ficará com o
Rei na barriga, literalmente, será você pois lastimo lhe
comunicar que esqueci a camisinha!
AP: Justo hoje que estou
em plena ovulação!Vem Porpetta, vem, mostra pra mim quem é o
REI de verdade!!! Conquista de vez esta potranca indomável!
Mostra que és o legítimo Varão de Plutarco!!!
FP: Já que é para o bem de todos e
felicidade geral do povão...
mergulharei fundo nesta nobre missão!
Com lambidas vigorosas
e estocadas impiedosas
Mostrarei para toda a nação
como se conquista um coração!
(na segunda vez, substituir por)
como um cuzinho vira um cuzão!
depende de haver KY no momento
para que se aloje este nobre jumento.
AP: O Rei! O Rei! Urrei!
Urrei, de prazer!!!
FP: Tá vendo? Só você, Amelie, pode
dizer: Urrei com o Rei!
Estes são, até o momento, os únicos trechos legíveis disponíveis.
A equipe de restauradores do Museu de Jaboatão dos Guararapes está trabalhando para recuperar os originais achados em um galeão afundado ao largo da paradisíaca praia de Barra de Jangada.
A íntegra destes documentos tem importante valor histórico, pois poderá revelar de que maneira François Porpetta conseguiu escapar da decapitação (ambas).
Sabe-se, porém, que Amelie du Plessis era o pseudônimo de importante dama da época, pertencente à nobreza muito nobre, e que deu a luz ao herdeiro do trono de Porpetta.
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