Quero ouvir sua voz quando eu tiver de partir.

Quero sentir o calor de sua mão no meu rosto, quero pela última vez meus olhos alimentar com sua inefável beleza e, se não for pedir mais do que eu possa merecer, quero um abraço apertado com sabor de framboesa.

Um beijo eu não peço.

Beijo não se pede.

Beijo tem de ser ofertado com naturalidade. E ainda que colhido sem o consentimento dos lábios inocentes, há de haver um pouco de reciprocidade, senão nunca vai ser um beijo de verdade.

Não diga que não pode. Não murmure impedimentos. Feche os olhos para o mundo.

Siga seu coração.

Fique.

Não largue minha mão.

Não me dê as costas.

Não se afaste assim.

Não me deixe.

Não me perca.

Não se esqueça de mim.

Ai!

Por que você chora?

Adeus...