Alfredo,
Que
história é esta de me mandar um Zap logo de manhãzinha, nem
bem eu tinha acordado? Não cheguei a tomar um café, perdi a
fome!... O que, por um lado foi bom, porque estou precisando
mesmo detonar umas calorias.
Mas
um Zap!!!!.... E numa quarta-feira ensolarada como esta, com
os passarinhos cantando, o céu azul que até dói na vista e um
calor que deixa a gente mole, pedindo carinho.
Em vez disto, um Zap!
Esperava
tudo de você, coração, menos isto. Já suportei humilhação, cinismo,
mentira e traição. Até seu sósia eu engoli com casca e tudo.
Mas Zap é demais!... Zap eu não aguento!... Faça-me o favor!
Me
aguarde.
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Alfredo,
Sabe
o que a maluca da tua mulher fez desta vez?
Me mandou um Zap!...
Eu tenho tido a maior paciência com ela, agüentei seus chiliques
de falsa dondoca, a paquera descarada com o português, a comida
insuportável que prepara e até aquela fingida da tua sogra.
Tudo por amor a você, meu filho querido.
Mas um Zap é demais!
Vê se você honra as calças que veste e dá um jeito nesta mulher,
Alfredo, antes que seja tarde.
Tua mãe que te ama,
Jandira
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Alfredo,
Você teve coragem de me mandar um Zap, depois
de tudo que passamos juntos? Depois do que tenho agüentado da
tua mulher e de todo este bairro, só pra sustentar nossa paixão?
Esqueceste aquelas noites de amor no Motel Luna Caliente e as
vezes em que dançamos agarradinhos no forró do Retranca? E as
loucuras que fizemos na praia, somente as estrelas e a lua nos
servindo de abrigo?
Ah, Alfredo, eu estava preparada para receber
tudo de ti, menos um Zap a esta altura dos acontecimentos.
Tua ainda,
Laurinda
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Alfredo,
Sei que você
é safado, namorador, vive botando chifre na palerma da tua mulher,
mas sempre fostes um cunhado respeitador. Que história é esta
de ficar me mandando Zap? Só porque gosto de umas cervejas e
de ficar conversando no boteco com uns e outros não significa
que não sou mulher séria. Teu irmão não vai gostar nem um pouco
da brincadeira. Quem avisa, amiga é.
Zenilda
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Mano Alfredo,
Este negócio
de Zap, num sei não... acho meio arriscado... Tem uns caras
aqui metidos nestas coisas e a barra deles tá pesando. Acho
melhor deixar como está. De qualquer maneira, obrigado pela
lembrança, mano velho. Noutra oportunidade a gente se acerta,
Osvaldo
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Meu
quindinzinho,
Não
estou entendendo nada.
Está
todo mundo caindo na minha pele nem sei porque. Andei recebendo
uns Zaps por aí, mas não dei bola que não sou homem de me esquentar
com chirica. Tu sabes que só perco a pose quando me botas este
olho de nunca mais. Sou teu escravo, minha rainha e nada neste
mundo de meu Deus pode tirar você do meu coração.
Esquece
este negócio de Zap, vamos dar um passeio em Paquetá como nos
velhos tempos, antes de tu cismares com a D. Laurinda.
Eu
te levo pra comer aquela moqueca no Alemão, faço carinho no
teu umbigo, mordo tua orelha bem ali, onde só você tem tesão.
Zaps
não valem nada, meu docinho. O que conta é o amor no coração.
Teu
sempre, eternamente,
Alfredo
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Alfredo
e pessoal do Bairro,
Desculpem
algum transtorno. É que na hora de mandar a correspondência,
me enganei e enviei Zaps para endereço errado.
Constrangida,
A
autora
OBS
Quem precisar de Zaps, de qualquer maneira, tenho alguns
sobrando. Nunca se sabe o que a vida vai nos exigir.
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