A
INVEJA
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Fernando
Zocca
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Podemos definir a inveja como sendo aquele mal estar que se sente diante do progresso material ou espiritual de alguém. Muitos foram os escritores que discorreram sobre o assunto. Basicamente sente-se a inveja quando há mais diferença do que semelhança entre dois ou mais seres que podem se julgar iguais. Podemos dizer também que o sentimento de inferioridade seja impeditivo do progresso de grande parte de pessoas. Os que são tomados pela inveja e não têm consciência disso podem hostilizar, agredir e até destruir o invejado ou seus bens. As diferenças que o modelo econômico produz nas posses das pessoas, aliadas ás drogas e desinformação podem construir um divergente social altamente destrutivo. O invejoso nunca demonstra seu desprazer de forma direta e frontal. Os invejosos estão sempre protegidos pelas sombras de onde atiram seus dardos de descontentamento, frustração e ódio. Geralmente a capacidade intelectual dos que são tomados pela inveja é deficiente. Por esses e outros motivos raramente conseguem satisfazer-se. São frustrados e infelizes, incapacitados na direção de suas potencialidades. Não encontram nenhum objeto útil para o qual possam "escoar" suas forças. Então atacam, agridem ofendem e podem provocar danos materiais e de ordem moral em suas vítimas. Raramente as pessoas dominadas pelo sentimento persistente de inveja conseguem bons empregos ou boas ocupações. Alguns chegam a acreditar que seus fracassos são causados por aqueles a quem invejam. E que, portanto é bom que se os destruam. Podemos, com o devido respeito que o fato merece, ainda que mal comparando, dizer que Jesus Cristo foi vítima de insidiosa inveja. Mas creio que a análise dos sentimentos e a conscientização de que somos imperfeitos e portadores da inveja nos tornaria mais humanos e sociáveis. Devemos ser mais tolerantes com as diferenças. Se indispomos de capacidade para nos conscientizarmos de que a vida é mais do que se vê, talvez estejamos num caminho errado. Talvez estejamos num caminho que não propicie o pleno gozo dos prazeres que a vida pode nos oferecer. |
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